Pensamento Estratégico é o exercício reflexivo permanente, na busca das condições que garantam a perenidade da organização frente ao meio ambiente cambiante.

Neste sentido, é um exercício pois se trata de uma atividade planejada e praticada regularmente, com o fim de desenvolver ou aprimorar um talento, um conhecimento etc.

No pensamento estratégico, esse exercício significa o desenvolvimento da capacidade de captar sinais e tendências no ambiente externo da empresa, que possam representar oportunidades ou ameaças à sua perenidade.

Significa ainda, o fortalecimento da sua capacidade responsiva para o aproveitamento das oportunidades e minimização dos impactos das ameaças.    

Como nos ensina o nosso celebrado Aurélio, reflexão significa a volta da consciência, do espírito, sobre si mesmo. Dessa forma, o pensamento estratégico é reflexivo porque nessa volta sobre si mesmo, o estrategista examina o seu próprio conteúdo por meio do entendimento, da razão, ponderação, observação e do reparo.

O pensamento estratégico implica na utilização da intuição e da análise.

Essa análise deverá ser cada vez mais suportada por uma poderosa base de dados e informações. Essa ferramenta possibilitará o mapeamento contínuo do ecossistema no qual a empresa está inserida. Possibilitará também, o mapeamento das fronteiras do seu negócio cada vez mais fluidas e movediças.

A necessidade do autoconhecimento

Não é possível o pensamento estratégico, sem que o estrategista coloque em xeque permanente o seu modelo mental. Ele é instado a consultar e confrontar os seus princípios, valores e crenças. Por conseguinte, a se prevenir de vieses que possam alimentar pontos cegos em seu processo decisório.

Esse desafio, exige disciplina e elevada dose de energia mental. Primeiramente para manter o exercício reflexivo e em segundo lugar, para alertar quanto às suas próprias limitações. Contudo, manter elevados fluxos de energia mental não são possíveis com cansaço extremado e doses excessivas de estresse. Torna-se imprescindível a busca do equilíbrio entre os diversos “partidos” de sua vida.      

E, finalmente, o pensamento estratégico é permanente. Permanente no sentido de constituir uma atividade contínua, ininterrupta, constante. É a resposta para a dinâmica cambiante das condições externas e internas da empresa.

O Pensamento Estratégico deve se constituir em um dos traços dominantes da cultura empresarial.

O desenvolvimento da capacidade do Pensar Estratégico, deve abranger toda a equipe de gestores da empresa. Esse fato constitui desafios e estímulos tremendos para o estrategista. Tais desafios exigem conhecimentos e vivências multidisciplinares e intensos relacionamentos interdisciplinares.

Gestores chafurdados em atividades rotineiras e repetitivas, constituem um ônus insuportável para qualquer empresa que aspire a sua perenidade.

Automação de postos de trabalho e eliminação do desperdício da energia humana

Há que se lançar mão da ciência de dados e da automação dessas atividades. O objetivo é transformar cada gestor e cada colaborador, em elementos de uma rede neural e somática com elevada capacidade e sensibilidade.

Uma rede assim constituída, será mais efetiva para identificar as oportunidades de redução de custos e/ou diferenciação em todas as atividades da cadeia de valor. A cadeia de valor constitui ferramenta poderosa para detalhamento das atividades da empresa e do mapeamento do seu ecossistema), vis a vis os demais concorrentes.

Cada gestor e cada colaborador liberado das atividades rotineiras e repetitivas, poderá se constituir em fonte de ideias e inovação a partir das suas interações com clientes, fornecedores, concorrentes e sociedade em geral.

Criar valor superior: o cerne da vantagem competitiva

O Pensar Estratégico tem como objetivos:

  • conduzir a empresa para criar valor superior para o cliente,
  • consequentemente, ampliar a diferença entre o preço de venda e o custo das operações,
  • e, com isso, obter um Retorno sobre o Capital Investido sustentável. Esse é o cerne das vantagens competitivas na visão de Michael Porter.
  • Finalmente, atender de forma saudável, as demandas dos diversos stakeholders (acionistas, clientes, fornecedores, colaboradores, concorrentes, os aspectos sociais e ambientais, governo etc.)

O atendimento dessas demandas, alinha a empresa ao esforço mundial para a reversão dos desequilíbrios ambientais e sociais. Para isso a empresa terá que incorporar em seus objetivos estratégicos os ODS traduzidos nas empresas, na sigla E.S.G. 

E, atender essa demanda é a atual condição cada vez mais necessária, para garantir a perenidade da empresa.

Desafios e oportunidades

Você estrategista, está investido da firme disposição para:

  • Ampliar e aprofundar a visão do ecossistema no qual a sua empresa está inserida?
  • Automatizar os postos de trabalho rotineiros e repetitivos, com o objetivo de liberar o seu potencial humano? Que esse potencial liberado pode ser direcionado para identificar oportunidades e ameaças e implementar as soluções adequadas?
  • Alinhar a cultura da sua empresa ao esforço mundial para reverter os desequilíbrios ambientais e sociais (ESG)?
  • Implementar as mudanças em sua governança (o G do ESG)?
  • Está consciente de a manutenção, expansão e perenidade da sua empresa dependem cada vez mais das mudanças acima?

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